sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Crise do euro €


Os chefes de estado da zona do euro, liderados por Alemanha e França, negociam um novo -- e ousado -- acordo para tirar a Europa da crise. Segundo o jornal americano Wall Street Journal, o pacto prevê uma coordenação econômica mais integrada entre os países da união monetária, amarrando legalmente a disciplina fiscal de cada um à decisão de autoridades europeias. 
A proposta – ainda não assinada – marca uma mudança fundamental na governança dos 17 países que usam o euro. A união fiscal sempre foi vista como uma solução necessária para a crise, mas politicamente inviável. Alguns governos consideram medidas nesse sentido como um ataque inaceitável à soberania. O fato de a ideia estar sendo considerada agora mostra que a crise piorou – e muito. 
Antes contida na periferia da zona do euro, a turbulência atingiu recentemente uma das principais nações da região: a Itália. A possibilidade de a terceira maior economia da Europa quebrar espalhou os temores pelo continente, contaminando até os papeis frances. Para complicar a situação, o Banco Central Europeu (BCE) se recusa a intervir mais agressividade e a Alemanha rechaça o plano da Comissão Europeia de instituir eurobônus (títulos de dívida em conjunto).
Embora pareça haver consenso sobre o caminho a seguir, ainda há muitas “quedas de braço” sobre o conteúdo deste acordo, segundo o Wall Street Journal. No entanto, fontes do jornal não esperam muita resistência dos países periféricos, que têm grande interesse em continuar na união monetária. 
Se um acordo for alcançado, deve ser anunciado até o final de próxima semana -- antes do dia 9, quando ocorre um encontro das lideranças europeias.

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