terça-feira, 21 de junho de 2011

Crise da Grécia.

A zona euro já tem preparado um plano para evitar a bancarrota dos Estados-membros, sendo a Grécia e a Irlanda os principais candidatos a receber ajuda.
“Existe um plano [para evitar falências de países da zona euro]. Os ministros das Finanças acordaram em todos os procedimentos. O ponto principal é: ‘Nós não vamos deixar ninguém falir”, disse Otto Bernhardt, presidente do grupo de política financeira da CDU, o partido político da chanceler Ângela Merkel, citado pela “Reuters”.
Bernhardt adiantou que, de todos os países da zona euro, a Irlanda é o que “está na pior situação de todas”, seguido de perto pela Grécia. Este responsável deixou claro que qualquer ajuda financeira irá, no entanto, ter um preço.
“Vamos olhar de muito perto para os pecados cometidos no passado. Não iremos tolerar a existência de países com baixos impostos como a Irlanda até agora, por exemplo. Vamos insistir num nível mínimo de impostos para as empresas”, precisou Otto Bernhardt.
A Grécia e a Irlanda têm sido fortemente atingidas pela recessão global, e tem agora que pagar juros elevados para financiar a sua dívida, o que está a agravar os problemas financeiros destes países. Nas últimas semanas, tem aumentado a especulação de que os países mais fortes dos Dezasseis, como a Alemanha, poderão ter que vir em auxílio dos seus parceiros mais fracos.
Questionado sobre as probabilidades deste plano vir ser a implementado na realidade, Bernhardt disse que isso “depende do desenvolvimento da crise internacional. Pode ser que eles (a Irlanda) possam passar sem obter crédito. Mas as probabilidades de que tenhamos de ajudar são maiores do que as de eles não necessitarem de ajuda”.
Este responsável adiantou que já está preparado um fundo de reserva no Banco Central Europeu, que pode ser acedido a qualquer momento, em caso de necessidade.
“Já criámos um fundo no BCE”, disse, adiantando que qualquer Estado que necessite “vai receber empréstimos”.
“Estamos numa posição de poder agir em 24 horas. O BCE tomará acção imediata”, acrescentou Bernhardt, precisando que a autoridade monetária europeia “pode tornar disponível uma quantidade ilimitada de dinheiro”.
O presidente do grupo de política financeira esclareceu ainda que a Alemanha não tem alternativa senão ajudar os países da zona euro em dificuldades.
“Que alternativa temos? De outro modo, podemos perder a nossa moeda [o euro]”, lamentou

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